sábado, 29 de outubro de 2011

LOUCOS E SANTOS

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril”.OSCAR WILDE

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Narcisismos na contemporaneidade







O corpo é considerado um forma social e cultural, e se apresenta na contemporaneidade como um objeto privilegiado, o qual necessita estar se atualizando, se remodelando, se aperfeiçoando para se adequar ao estilo do momento e ao desejo do outro. Esse culto ao corpo que temos na atualidade, por exemplo, é com base em outra finalidade, não é mais com fins pro sujeito em si, mas sim para a aprovação e para a satisfação do olhar do outro. Dessa forma, o corpo é marcado e demarcado, em um “corte” perfeito, sem a permissão ou a importância da opinião do individuo, e submetido a incansáveis reajustes para que se encontre o acabamento e o molde que se almeja e satisfaça o outro. Entretanto, esse corpo que entra e sai da moda, estará sempre submetido, de uma forma geral, a acertos e consertos e retoques para que possa ser contemplado e exaltado pelos olhares narcísicos da sociedade.


Esse aprisionamento torna-se um problema que pode levar o sujeito às últimas conseqüências para tornar-se o suposto ideal aos olhos de outro e nunca aos nossos próprios, afinal não é isso que realmente procuramos? passamos à vida toda a procura de sermos felizes, e então porque essa nossa felicidade tem que depender tanto da aprovação do outro? oque mais procuramos não é estarmos bem consigo mesmo? Tentar se sentir diferente? Único? Então por que deixamos tudo isso de lado e acabamos sendo apenas mais um de acordo com o olhar do outro? porque passar a vida preocupado em como o outro olha para você?
então concluímos que essa necessidade por ser amado e desejado ou “aceito” pelo outro é uma fonte incessante na vida de cada um de nós.

O desejo de ser querido e amado é insuperável, agora a questão é, será que esse “desejo” não pode causar problemas (essencialmente neuróticos) se permanece como o foco central das relações de um sujeito? seria porém pura ilusão, ou ate mesmo hipocrisia se questionar sobre essas questões?  Por outro lado o que também ate nessas duvidas demonstra uma alta dose de narcisismo. Afinal estou querendo saber como o outro pensa a respeito desse assunto. Então... será que é melhor realmente se deixar acreditar totalmente nesse olhar, e continuar a viver desse modo? Afinal se ate hoje estamos aqui para discutir e refletir e pensar sobre tais assuntos... É por que podemos viver assim? do investimento da aceitação do outro sobre você?

Então podemos dizer que “O menos alienado será aquele que estiver menos condicionado ao desejo do outro.”? ou será o contrario? Afinal estamos em uma época em que o diferente não é mais diferente.


Aqui no finalzinho deixarei um teste para vocês  verem o nível de Narcisismos de vocês feito pela revista veja segue o link: http://veja.abril.com.br/130509/p_124.shtml

( Alias mo sacanage... o meu deu 16 sou uma Josy -.-! )

Socialização e Afetividade como aspectos do transtorno da Esquizofrenia.

Aluno: Expedito Batista Filho

Tema: Socialização e Afetividade como aspectos do transtorno da Esquizofrenia.

Quando perguntei a uma das autoras o quem é um esquizofrênico, ela prontamente me respondeu: O esquizofrênico nem sempre apresenta alucinações que comprometem as elaborações psíquicas em suas vivências sociais. No entanto, são sujeitos muito mais propensos à alterações patológicas que afetam a afetividade, a socialização e outros vínculos relacionais. É verificado que os homens são atingidos com maior frequência por estes sintomas do que as mulheres.

Desse modo, segundo os autores, a esquizofrenia é um distúrbio psíquico que se caracteriza por uma perda de contato com a realidade, provocando uma dissociação mental. Esta é influenciada, tanto por fatores hereditários quanto por fatores psicológicos e sociais. Assim, promovem desequilíbrio:

1. Na realidade vivencial.

As pessoas que são esquizofrênicas podem casar e viver normalmente até certo ponto, pois elas podem desenvolver sintomas esquizofrênicos, e, ao mesmo tempo, podem organizar-se socialmente sem que sejam, necessariamente, e a rigor, submetidas à internações.

No entanto, são indivíduos que apresentam alterações neurológicas e comportamentais.

· Os positivos - Aumento de sintomas: alucinações, delírios e agressividades.

· Negativos - Debilidades na fala, introspecção e alterações no emocional e na coordenação motora.

2. Na realidade da pesquisa, as limitações.

Os pesquisadores desse tema buscaram entender o sofrimento psíquico desses indivíduos. Assim, a título de informação, os pesquisadores fizeram visitas ao centro de Saúde Hospital Dia para ter a possibilidade de observar o comportamento de pessoas com sintomas próprios da esquizofrenia. Entretanto, os pesquisadores se limitaram a ouvir os profissionais da área e os familiares dos pacientes. Uma das pesquisadoras da equipe chegou até a conversar com um dos pacientes, porém não aprofundou a escuta.

· Pouco tempo para o aprofundamento da pesquisa.

· Os pesquisadores gostariam de ouvir os pacientes esquizofrênicos com muito mais detalhes.

· Este tema é muito mais abrangente.

3. Na realidade do sofrimento psíquico.

De acordo com uma das pesquisadoras do trabalho em pauta, foi possível perceber a grandiosidade desse tema. Assim, torna-se possível identificar o rompimento destes indivíduos esquizofrênicos com o mundo exterior. Esses sujeitos demonstram incapacidade de organizar representações internas do mundo exterior, pois não conseguem subjetivar a realidade, e, por isso, não sedimentam o aprofundamento das adaptações sociais. As realidades dos principais sintomas são:

· Alterações associativas;

· Dissoluções dos laços afetivos;

· Autismo, dentre outros.

A contribuição do pensamento de Rousseau na atualidade com relação à educação e o trabalho.

No primeiro dia de atividades do Mundo UNIFOR, eu estive presente no bloco “D” para apreciar os trabalhos que estavam sendo apresentados. Depois de um breve passeio entre os corredores das apresentações das pesquisas, dois temas, em especial, me chamaram atenção: “O contrato social” e “A origem da desigualdade entre os homens”.

Estes presentes temas refletem as necessidades atuais ou já perderam o sentido prático? Estamos vivendo em outra época, e os temas na atualidade não contemplam fenômenos atuais? Então, que respostas podem-se esperar destes questionamentos? Estes temas são atualíssimos. Sim, eles são de grande relevância para os dias atuais. O contrato social e a desigualdade entre os homens continuam sendo a preocupação principal de sociólogos e antropólogos.

Rousseau apresenta uma contribuição que é válida até os dias atuais. Para esse filósofo, a ideia de liberdade e felicidade está conectada ao estado do ser humano enquanto um “bom selvagem”. Este, portanto, na medida em que decreta algum princípio de propriedade em detrimento da subsistência da natureza pela natureza, perde tais virtudes.

Alguns dos seus conceitos postulados são: a relação entre natureza e sociedade, a dialética fundada na liberdade, primazia do sentimento sobre a razão, a teoria da bondade natural do homem e a doutrina do contrato social.

Que relação há entre a obra de Rousseau e a realidade atual? Até que ponto seus pressupostos fundamentais podem elucidar parâmetros ao contexto vivenciado hoje? As questões que Rousseau aponta são de cunho humanista. Estas se referem a uma visão de homem, de natureza, de valores morais, de racionalidade, de liberdade e o que se entende por verdade. Este homem, interagindo com a sociedade, em uma cultura civilizada, segundo Rousseau, se opõe à sua própria natureza.

As ideias desse renomado filósofo iluminista, liberalista e racionalista reverberam intensamente na contemporaneidade. Em “O contrato social”, a ideia de propriedade é o que sustenta a desigualdade de direitos entre os cidadãos. A discrepância econômica na sociedade, como origem dos conflitos e paradoxos sociais, pode, de certa forma, ser comparadas às concepções Marxistas.

Segundo Rousseau, os alvos primordiais do Estado devem ser as metas sociais. Entre esses, o principal é: a premissa do Estado de atender a população de acordo com suas necessidades e suas prioridades, visto que, o poder legítimo emana do povo. Assim, o pensador se mostra como um idealista, pois apresenta uma proposta de uma sociedade ideal.

Os conceitos defendidos pelo autor em tal obra são: O fundamento legítimo da sociedade política, as condições em que opera o poder soberano e a forma e o fundamento do aparato governamental. Estes são alguns dos objetivos a serem alcançados.

Estes preceitos iluministas ainda são bem contemplados em várias instâncias sociais. O Estado, o Trabalho e a Educação podem ser abordados em uma perspectiva relacionados aos escritos de Rousseau. Muitas destas questões são presentes na sociedade brasileira. Portanto, vislumbrar os conceitos Rousseaulianos podem contribuir muitíssimo para a compreensão dos mesmos.

Expedito Batista Filho -1022227-3

o unico animal

O homem é o único animal que ri dos outros. O homem
é o único animal que passa por outro e finge que não
vê.
É o único que fala mais do que papagaio.
É o único que gosta de escargots (fora, claro, o
escargot).
É o único que acha que Deus é parecido com ele.
E é o único...
...que se veste
...que veste os outros
...que despe os outros
...que faz o que gosta escondido
...que muda de cor quando se envergonha
...que se senta e cruza as pernas
...que sabe que vai morrer
...que pensa que é eterno
...que não tem uma linguagem comum a toda espécie
...que se tosa voluntariamente
...que lucra com os ovos dos outros
...que pensa que é anfíbio e morre afogado
...que tem bichos
...que joga no bicho
...que aposta nos outros
...que compra antenas
...que se compara com os outros
O homem não é o único animal que alimenta e cuida
das suas crias, mas é o único que depois usa isso
para fazer chantagem emocional.
Não é o único que mata, mas é o único que vende a
pele.
Não é o único que mata, mas é o único que manda
matar.
E não é o único...
que voa, mas é o único que paga para isso
que constrói casa, mas é o único que precisa de
fechadura
que foge dos outros, mas é o único que chama isso
de retirada estratégia.
que trai, polui e aterroriza, mas é o único que
se justifica
que engole sapo, mas é o único que não faz isso
pelo valor nutritivo
que faz sexo, mas é o único que faz um boneco
inflamável da fêmea
que faz sexo, mas é o único que precisa de manual
de instrução.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Se os tubarões fossem homens - Bertold Brecht

Quem for peixinho, levanta a mão!

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentís com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não moressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças. Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante. Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.

Você e o Outro

Quando o outro não faz, é preguiçoso. Quando você não faz, está muito ocupado.
Quando o outro fala, é intrigante. Quando você fala, é crítica construtiva.
Quando o outro se decide a favor de um ponto, é cabeça dura. Quando você faz o mesmo, está sendo firme.
Quando o outro não cumprimenta, é mascarado. Quando você passa sem cumprimentar, é apenas distraído.
Quando o outro fala de si mesmo é egoísta. Quando você faz isso, é porque precisa desabafar.
Quando o outro se esforça para ser agradável, tem uma segunda intenção. Quando você age assim, é gentil.
Quando o outro faz alguma coisa sem ordem, está excedendo. Quando você faz, é iniciativa.
Quando o outro progride, teve oportunidade. Quando você progride, é fruto de muito trabalho.
Quando o outro luta pelos seus direitos, é teimoso. Quando você faz, é prova de caráter.
Quando o outro encara os dois lados do problema, está sendo fraco. Quando você o faz, está sendo compreensivo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

vamos postar

Pessoal
Vamos postar o material criado ou encontrado ao longo do caminho. João Victor, posta o poema do Brecht. Quem fizer resumo, apresentação de power point ou simplesmente encontrar um video interessante, manda pra cá...