sábado, 26 de novembro de 2011

LINGUAGEM X SOLIDÃO


1. COMO
FICA A LINGUAGEM PARA OS SOLITÁRIOS?

O psicólogo John Cacioppo,
americano especialista em solidão diz que: “A solidão é a ausência de contatos
significativos”.
Vygotsky diz que: “a linguagem
é o veículo de constituição da consciência a partir do contexto das relações
sociais, sendo que esta última categoria abrange o conjunto das Funções
Psicológicas Superiores.
Então abre-se aqui uma
interessante discussão. Se somos seres sociáveis, que sobrevivemos até hoje
porque vivemos em grupos e desenvolvemos toda a sorte de comunicação a partir
dessa forma de convívio; como fica a linguagem quando escolhemos o isolamento?
Será que mesmo isolados conseguimos diminuir e/ou extinguir de nossas vidas a linguagem?
No filme Na Natureza Selvagem, o americano Christopher
McCandless, que optou por viver em isolamento absoluto, não abdicou de escrever
sobre sua experiência. A escrita foi a forma de linguagem escolhida para registrar sua rica experiência de viver
na solidão, que acabou transformando-se em filme.
Para Cacioppo, a solidão é tão dolorosa
quanto a fome, e traz uma sensação de
profundo vazio. Ele defende que 50% da necessidade de ficar só é genético, e 50%
é circunstancial. “Mas o que é determinado pela genética é quão dolorida pode
ser a sensação de isolamento”, defende. Enquanto alguns fazem de tudo para
manter-se acompanhados, outros atiram-se a novas experiências desvinculando-se
facilmente de suas raízes familiares, por exemplo. E continua, defendendo que o
que faz uma pessoa feliz são exatamente essas relações sustentadas e
fortalecidas pelas as mais diversas formas de linguagem.

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