domingo, 27 de novembro de 2011

VOCÊ É NORMAL?


1. O
que é ser normal?
Parece
que está cada vez mais difícil definir o normal. Os transtornos psíquicos estão sendo discutidos e
nomeados levando a alguns questionamentos: será que de fato estes novos
distúrbios já existiam e estão sendo apenas nomeados? Ou estão sendo inventados? Não se sabe ao certo. O fato é que a lista do
DSM, considerado a bíblia mundial da psiquiatria, tem aumentado a cada nova
edição, nos possibilitando pensar que parece estar cada vez mais difícil ser
normal.

existe nos Estados Unidos uma forma de vasculhar o cérebro em funcionamento. Descobriu-se
que a subjetividade do indivíduo, pode ser testemunhada pela anatomia apresentada
a cada exame. A história de cada um está muito bem representada na morfologia
das células neurais, o que nos leva a concluir que assim com as digitais, não
existe um cérebro igual. Então como saber o que é ser normal? Que cérebro pode
ser o padrão, se todos são diferentes?
O psiquiatra americano, Peter Kramer, autor do
best-seller dos anos 90, Ouvindo o Prozac,
diz que: “Pode ser que estejamos entrando numa era em que a anormalidade será
universal”.
Já Thomas
Szasz, psiquiatra húngaro naturalizado americano, de 91 anos que escreveu O Mito da Doença Mental, diz que doença
mental não existe. Ele defende que esse distúrbio seria uma forma das pessoas
negarem que têm necessidades, aspirações, opiniões e valores diferentes dos
outros.
O fato
é que segundo Edward Shorter, historiador da medicina, os transtornos vão de
acordo com as interações sociais e as manifestações dos sinais e sintomas são
diferentes a cada época vivida.
Diante
de tantas especulações e nenhuma resposta, continuo com a questão: O que é ser
normal? Você leitor, considera-se normal?

Um comentário:

  1. Alguem poderia fazer uma consulta aí à essa bíblia (não, não estou falando do google nem da sagrada escritura, falo da DSM) pra saber se já tem algo relacionado à mentira, como conversamos em sala? Incapacidade de dizer a verdade. Ou ainda mais grave, a famosa incapacidade de mentir, ambas igualmente infrutíferas em termos de reprodução do indíviduo e portanto da espécie.

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